Antes de ser interrompida, em razão de uma briga entre governistas e oposicionistas, a fala do ministro da Justiça, Flávio Dino à CCJ da Câmara dos Deputados na tarde desta terça-feira (28), foi marcada, também, por uma troca de farpas entre ele e o deputado Alfredo Gaspar (União).
No momento das perguntas, o parlamentar alagoano questionou, entre outras coisas, se o ministro recomenda que os policiais do Rio de Janeiro faça a mesma incursão que Dino fez ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro: “O senhor garante a vida deles naquela região?”.
Alfredo perguntou também se o ministro concorda com a ação proposta, em comunhão com o Instituto Anjos da Liberdade, para a retomada de visitas íntimas a chefes de facções em presídios federais e questionou, em referência às prisões ocorridas no dia 8 de janeiro, se Dino usará “sua macheza que botou um monte de véio, menino, no ônibus e levou para academia de policia, também contra as organizações criminosas”.
O parlamentar pontuou ainda sobre qual é o plano de desarmamento dos grandes criminosos do país e de combate à corrupção, em meio a tantos colegas do ministro “enlameados” e, por fim, se no Ministério, Flávio Dino faria algo parecido com o que fez quando governador do Maranhão: “Torrar mais de R$ 5 milhões em empresa que vende maconha para comprar respiradores”.
Em resposta, Dino reforçou que é “fake news” a notícia propagada de que ele esteve no Complexo da Maré sem escolta policial
“Sobre minha macheza se o senhor está interessado nesse assunto, eu não estou”, prosseguiu o ministro, acrescentando: “Eu não tenho medo de ninguém, nem de nada. Pode ter certeza disso, mas claro que não sou justiceiro”.
O ministro explicou ainda que a orientação do ministério é pelo uso proporcional da força pela polícia e garantiu que realiza operações contra a corrupção praticamente todos os dias, mas sem divulgação, sem “espetáculo”. E garantiu, também, que muitas apreensões de armas de fogo têm ocorrido na esfera da segurança pública.
Por Cada Minuto