Recorrente no plenário da Assembleia Legislativa, a questão da falta de água na Região Metropolitana de Maceió voltou a ser tema de discussão durante a sessão ordinária desta quarta-feira, 3. Desta vez, o assunto foi abordado pela deputada Gabi Gonçalves (PP), que citou a problemática da região de Rio Largo.

No município, um protesto de moradores foi realizado ontem (2) pela falta de abastecimento d’água. A parlamentar criticou a privatização da Casal e a má prestação dos serviços da BRK Ambiental.

“Esse é um assunto urgente e essencial à vida humana. Ontem viramos manchete. Na terceira cidade do Estado de Alagoas, os moradores protestam contra a falta de água e bloqueiam um trecho da BR-104”, disse a parlamentar, indignada.

“Nós que acompanhamos e fiscalizamos essa empresa, vemos o descaso dela com o nosso povo. Uma tarifa absurda para água que não existe, para um esgotamento sanitário que, infelizmente, não tem a universalização do serviço”, criticou Gabi Gonçalves.

Ela informou que solicitou esclarecimentos à BRK sobre a precária prestação de serviços no município de Rio Largo e como resposta a empresa informou que o plano de investimentos para a cidade está previsto para cinco anos. “Cinco anos sem água, sem esgoto. Até quando a gente vai esperar?”, questiona.

Gabi Gonçalves reforçou dizendo que um dos principais objetivos de seu mandato é dar vez e voz aos que mais precisam. “É uma triste realidade dos 13 municípios que compõem a Região Metropolitana, mas tenho esperança de que esses silenciados serão ouvidos, que esse problema – onde as pessoas têm que buscar baldes d’água – será resolvido”, asseverou Gabi Gonçalves.

Na sequência, a deputada criticou o leilão que privatizou a Casal. “Um leilão no qual as pessoas perderam sua dignidade, porque água é vida e quem precisa de água tem pressa”, observou.

Em aparte, o deputado Inácio Loiola (PDT) se associou a fala da colega de plenário e lembrou que foi uma das vozes no Parlamento alagoano contrárias a privatização da Casal.

“Tanto aqui, com a BRK, quanto na região sertaneja, com a Águas do Sertão, o serviço não tem correspondido à expectativa dos seus usuários. Eles não estão preocupados com o social, mas em fornecer água àqueles que dão lucros exorbitantes”, avaliou o parlamentar.