Um possível acordo entre a prefeitura de Maceió e a Braskem para compensação dos danos do “desastre” que provocou afundamento do solo em vários bairros da capital, pode excluir o Estado.

O alerta foi feito pelo senador Renan Calheiros (MDB), que tem sido um dos principais críticos da Braskem em relação aos acordos firmados com as vítimas.

Parte o acordo entre prefeitura de Maceió e Braskem já está em execução, através de diversas obras, a exemplo do alargamento de ruas na Avenida Durval de Goes Monteiro (Tabuleiro), implantação de ciclovias e semáforos inteligentes. De acordo com a Braskem (veja aqui) os investimentos em mobilidade urbana chegam R$ 360 milhões.

O senador cita a existência de um possível acordo, ainda maior, que poderia deixar de fora as vítimas e o Estado de Alagoas, que também teve perdas diretas de diversas instalações na área afetada e da arrecadação de impostos.

“Um possível acordo de 1,7 bilhão com Maceió exclui o Estado, as vítimas e afasta qualquer solução empresarial para a Braskem”, disse Renan.

O senador defendeu ainda que “a indenização pela tragédia da Braskem é direito de todos. A Justiça tem de ser para todos ou não será para ninguém”, aponta.

Na Onu

Renan Calheiros chama ainda atenção para a repercussão do “crime ambiental” da Braskem na ONU.

“O maior desastre ambiental urbano começa a repercutir no mundo. O escândalo da Braskem será levado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU pela alagoana Evelyn Gomes. No Senado mantemos a mobilização para priorizar as indenizações antes de alterações societárias.”, disse o senador no Twitter.
Fonte – Jornal de Alagoas