Vice-governador participa em Natal de assinatura de pacto social em reunião com ministro e representantes de todo o Nordeste
O vice-governador Ronaldo Lessa defendeu a busca ativa para o Cadastro Único como medida essencial de combate à fome, em reunião do Consórcio do Nordeste com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, realizado nesta sexta-feira (2), em Natal (RN). O evento, que reuniu gestores dos nove estados da região, contou com a presença do ministro Wellington Dias.
“Não existe combate à pobreza sem um cadastro único que torne visível todos os brasileiros que precisam da assistência do Estado. O governo Bolsonaro quase destruiu este cadastro. Mas hoje tanto o Governo Lula quanto nosso governo estadual têm assumido um compromisso de fortalecer o CadÚnico em todo o Brasil e em intensificar a busca ativa em Alagoas”, afirmou Lessa em discurso durante o evento.
Em Alagoas, o Bolsa Família movimenta mais de R$ 365 milhões de reais por mês, beneficiando cerca de 548 mil famílias nos 102 municípios do estado. O valor médio pago a cada família é de R$ 673,95, o segundo maior do Nordeste, atrás apenas do Maranhão (R$ 681,25).
Em discurso no encontro, o líder do movimento da População de Rua, Rafael Machado, destacou o trabalho realizado pelo vice-governador, Ronaldo Lessa, e a secretária estadual de Assistência Social, Katia Born, na luta em defesa da população de rua. “Quando prefeito e prefeita de Maceió, fizeram um trabalho muito importante”, afirmou Rafael.
Ele defendeu a criação de um cartão do Sistema Único de Assistência Social (Suas). “Precisamos dar visibilidade e acesso às políticas públicas para quem está em situação de rua”, concluiu Rafael, dizendo que espera ver em breve que Maceió deixe de ser a terceira capital do Nordeste que mais mata morador de rua.
Para a anfitriã do encontro, a governadora do Rio Grande do Norte, Fatima Bezerra, o estímulo pela busca ativa, a vigilância socioeducacional e o fortalecimento do Suas são fundamentais para o que ela classificou como “reparação de danos”. “Os últimos quatro anos foram marcados pelos maiores retrocessos às políticas sociais nesse país. Foram anos tenebrosos. A voracidade que o governo anterior mostrou para destruir o Suas é algo criminoso”, criticou.
Já o ministro Wellington Dias ressaltou que o governo federal tem pressa para acabar com a fome no país, e fez questão de realçar que, em janeiro deste ano, cerca de 94 milhões de pessoas integravam o CadÚnico. “São pessoas que por vários motivos estão na pobreza, e isso significa um desafio para todos nós”, afirmou. “Precisamos nos esforçar para que todos se alimentem pelo menos três vezes por dia, como pediu o presidente Lula”.
Atualmente, cerca de 9,7 milhões de famílias são assistidas nos nove estados nordestinos pelo Programa Bolsa Família. Desde março, um milhão de famílias foram incluídas no Programa em todo o país graças à busca ativa. São pessoas que preenchem os requisitos para estar na lista e estavam fora até então. Entre março e abril, 808 mil famílias foram incluídas. Em maio, foram mais 200 mil.