O vereador Leonardo Dias (PL) esteve presente em uma manifestação dos moradores dos bairros atingidos pelo afundamento de solo, que ocorreu na tarde desta terça-feira (15), na Praça Dois Leões, no bairro do Jaraguá.


Em pronunciamento durante a manifestação, o vereador se mostrou solidário à causa e garantiu que seguirá lutando para que os proprietários que perderam seus imóveis recebam uma parte do montante de R$ 1,7 bilhão acordado entre a Prefeitura Municipal de Maceió e a mineradora Braskem.


“Estamos trabalhando para defender que os moradores sejam contemplados no acordo e que tenham as suas dores diminuídas. Entendo que o dinheiro não supre as relações que eles tiveram naquele local, mas estou empenhado para desatar os nós que ainda travam essa compensação”, afirmou o vereador..


Na manhã de hoje, durante Sessão Ordinária na Câmara Municipal de Maceió (CMM), o vereador ressaltou a lei, de sua autoria, aprovada pela Casa de Mário Guimarães, que destina 50% do valor acordado entre a Prefeitura de Maceió e a Braskem aos moradores atingidos.


A pauta, entretanto, foi vetada pelo Executivo e ainda não tramitou na CMM para manutenção ou derrubada do veto. “A Lei está na Casa e nós temos que deliberar sobre ela em definitivo. Tenho solicitado constantemente que o Executivo apresente uma proposta que contemple os moradores, seja de 50% do valor ou uma outra porcentagem”, afirmou Dias.


Desde o início de seu mandato, o vereador tem se mantido atuante nesta questão que atingiu mais de 60 mil famílias maceioenses. Dias foi o propositor e presidente da Comissão Especial Parlamentar dos Bairros em Afundamento de Solo (CEPBAS), que produziu dois relatórios que serviram como base para a lei de compensação.

“O assunto da Braskem vem sendo discutida desde o início desta Legislatura, onde fui o propositor e presidente da CEPBAS, que funcionou por 18 meses e dela resultaram dois detalhados relatórios. A partir deles, foi criada a lei da Braskem, que foi aprovada por unanimidade, mas vetada pela Prefeitura”, explicou o vereador.

Ainda durante a sessão, Leonardo ironizou o tardio interesse de Renan Calheiros sobre o afundamento de solo, em Maceió. Dias chamou a atenção de que o assunto vem sendo discutido há cerca de cinco anos, mas o senador alagoano só passou a atuar a partir da sinalização do montante a ser pago pela mineradora ao Município de Maceió.

O vereador relembrou que o senador foi presidente da empresa Salgema Indústrias Químicas S/A, que antecedeu a Braskem na exploração da salmoura em Maceió. “É estranho esse interesse do senador Renan Calheiros começou a enxergar o problema somente quando o Município começou a vislumbrar o acordo. Ele foi presidente da Sal-gema e tem responsabilidade direta sobre o que aconteceu nos bairros. Ele deveria saber o que estava acontecendo ali dentro. Eu relembro que se algum poder trabalhou por estas pessoas foi a Câmara de Maceió, que aprovou a minha lei por unanimidade e busca compensar os moradores”, concluiu.