Por Agência Alagoas
O "Projeto Recomeços, aquicultura para ressocialização" foi lançado nesta sexta-feira (11), com a presença do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula. Fruto de uma parceria entre o Governo de Alagoas, o ministério e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a iniciativa busca fazer com que os custodiados do sistema prisional possam ganhar mais uma oportunidade de reinserção social, por meio da piscicultura, com a instalação de criadouros dentro do complexo prisional, em Maceió.
O vice-governador Ronaldo Lessa, que representou o governador Paulo Dantas, destacou a importância do projeto. “O governo Lula recupera o que foi perdido no governo passado e mostra a capacidade que a gente tem de crescimento e produção. O projeto de hoje é pioneiro no Brasil e será fundamental para a ressocialização de reeducandos do sistema prisional alagoano, o que é um dever do Estado: reincluir aqueles que cometeram algum delito, mas que buscam oportunidade de profissão para recomeçar. A gente não pode perder a esperança de recuperar essas pessoas”, enfatizou Lessa.
Já o ministro destacou a oportunidade do projeto mudar vidas. “A ressocialização é um desafio que se impõe a todos os governos, e eu fico muito feliz com a implantação desta alternativa pioneira, que vai servir de exemplo e ser multiplicada pelo país todo, porque vai dar certo, principalmente porque envolve também uma área tão importante para o Brasil, que é a agricultura. Eu tenho certeza que esse projeto será um divisor de águas nesta área,” afirmou o ministro.
O secretário de Ressocialização e Inclusão Social, Diogo Teixeira, destacou a significância de um programa dessa magnitude. “Nós fomos até Brasília e conseguimos o apoio necessário para a implantação do projeto, e aqui encontramos guarita na Ufal para colocá-lo em prática. Então, esse momento é muito importante, pois ele se traduz no próprio nome ‘Recomeços’, pois, por meio dele, nós vamos conseguir entregar pessoas melhores para a sociedade alagoana, ressocializadas”, completou o secretário.
O reitor Josealdo Tonholo enfatizou o termo de cooperação na transformação em Alagoas, tendo a universidade como parceira, para torná-la uma política nacional de ressocialização em todo o território nacional. O lançamento do projeto contou ainda com a presença da secretária nacional de Aquicultura, Tereza Nelma; dos coordenadores do projeto pela Ufal, professores Emerson Soares e Elton Lima, entre outras autoridades.
RECOMEÇOS
O projeto vai garantir a implantação das unidades demonstrativas do sistema de aquaponia, que é a produção integrada de peixes e hortaliças, com recirculação de água e nutrientes em sistema prisional alagoano, gerando oportunidades de trabalho e renda para as pessoas privadas de liberdade. Por meio da Ufal serão fornecidos os alevinos de tilápia e as mudas de alface, de forma colaborativa, por meio da produção no Núcleo de Piscicultura, que funciona dentro da própria universidade. A universidade será responsável pela capacitação e orientação sobre o manejo e utilização do sistema, além da emissão dos certificados dos cursos, que contará com o acompanhamento e apoio da Seris.
A Secretaria também será responsável pela parte do monitoramento e controle do programa, dando as diretrizes para o seu funcionamento dentro do sistema prisional alagoano, visando garantir a segurança dos participantes e a adequação às ações relativas ao trabalho e ensino dos custodiados. A previsão é que cerca de 200 kg de peixe, e 1.728 pés de alface sejam produzidos, mensalmente, após a implantação do sistema, gerando uma oferta anual de 1.504 kg de peixe e 20.736 pés de alface.
