O deputado estadual Ronaldo Medeiros (PT) foi um dos políticos locais presentes na diligência da CPI do MST aos assentamentos da antiga Usina Ouricuri, em Atalaia, que ocorreu nesta sexta-feira (11). À Folha de Alagoas, o parlamentar criticou a comissão e saiu em defesa do movimento social.
“CPI deveria ser para quem precisa. CPI para quem desmata, para quem mata indígenas, para quem envenena o solo com agrotóxicos. Então, neste momento, toda nossa solidariedade ao MST. Nós que já apoiávamos há muito tempo, agora viemos reafirmar. O movimento é perseguido por uma CPI que deveria é aplaudir quem produz”, disse Medeiros.
O deputado estadual acrescentou que o relator da CPI, deputado Ricardo Salles (PL), envergonha o Brasil, citando a fala dele de ‘passar a boiada’ enquanto era ministro do Meio Ambiente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), isso em 2020.
“O deputado [Salles] cumpre um desserviço ao Brasil e seu papel na CPI apequena o parlamento do país”, completou Medeiros. Para ele, trata-se de uma CPI de caráter político para perseguir o MST e para defender os interesses de parte do agronegócio. “A parte mal, aquela que não deseja ver o Brasil crescendo e que o pequeno sobreviva da terra”.
Vereadores
Dois representantes da Câmara de Maceió estiveram no local: Doutor Valmir (PT) e Teca Nelma (PSD), esta que já durante a semana apareceu numa sessão com um boné e cestas de produtos do MST, após dizer que o movimento sofre com discursos de intolerância e ódio de parte dos vereadores da capital.
Desta vez, Teca disse que trouxe o mandato para o MST como forma de mostrar à população que o movimento produz e deve ser respeitado. “Hoje vivemos uma guerra de narrativas para criminalizar o movimento, mas a gente está aqui para mostrar que não. São pessoas que estão buscando conhecimento para melhorar a atividade no campo, trazer comida para mesa e combater a fome.”