A Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) do Senado vai ouvir o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, sobre o desastre ambiental que provocou o afundamento de cinco bairros em Maceió.


O depoimento de Prates foi feito pelo senador Renan Calheiros e deve ser realizado no próximo dia 15. A Petrobras é a segunda maior acionista da Braskem com 45% de participação.

A ideia é que a Petrobras fale sobre o crime ambiental em Maceió e também sobre o pagamento de acordos de compensação às vítimas e ao entes públicos.

Se Jean Paul não for prestar os esclarecimentos, o senador Renan deve pedir a instalação de uma CPI para apurar o crime ambiental da Braskem em Alagoas e a condução de acordos para o pagamento de compensações, incluindo o acordo com a prefeitura de Maceió.

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Veja texto da agência senado

CTFC vai ouvir presidente da Petrobrás sobre dano ambiental em Maceió


A Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) vai ouvir o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, sobre o desastre ambiental que provocou o afundamento d solo e o isolamento de cinco bairros de Maceió (AL).

O requerimento (REQ 25/2023 — CTFC) do senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi aprovado nesta quarta-feira (9). A audiência pública está prevista para a próxima terça-feira (15).

O dano ambiental em Maceió foi causado pela extração do minério sal-gema pela empresa Braskem. De acordo com Renan, a Petrobras detém 47% do capital votante da companhia, hoje controlada pela Novonor (antiga construtora Odebrecht). O parlamentar disse que tentou advertir Jean Paul Prates sobre “extravagâncias da Odebrecht” no caso, mas percebeu omissão da Petrobras.

— Em três ou quatro oportunidades, cheguei a falar com Jean Paul. Eu queria advertir a Petrobras de que ela precisava evitar que a Odebrecht continuasse a fazer loucuras. A Petrobras está verdadeiramente se omitindo. Jean Paul passou para mim a ideia de que estava cruzando os braços, fugindo do problema. A partir de agora, vamos falar publicamente em debates no Senado — disse Calheiros.