A corte eleitoral de Alagoas empossou, na tarde desta segunda-feira (22), a jurista Natália von Sohsten como desembargadora eleitoral substituta. Em solenidade concorrida, ela agradeceu aos amigos e familiares, além da Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Alagoas (OAB/AL) e da esposa, Ana Lídia, que, em uma década de convivência, lhe apresentou o direito.

"Aprendi com a vida que sempre devemos tratar a pessoa bem independente de quem é e o cargo que ocupa. Ocupar esta vaga exige muita responsabilidade por passar a ser representante da advocacia no tribunal. Com isso, tenho o dever de primar pelo respeito às prerrogativas, pois todos sabem que são inegociáveis", enfatizou von Sohsten.

Natália disse que espera contribuir com uma visão diferente para os debates na corte, assim como quer ter consciência da importância da defesa da democracia, em especial no momento em que terá a oportunidade de ajudar na construção do processo eleitoral.

"As redes sociais potencializam as tensões, pois permitem a propagação em massa de discursos de ódio. A consequência disso é aumento da violência contra as minorias, sobretudo as mulheres, negros e população LGBT. É Inaceitável que continuemos a conviver com o preconceito, a discriminação e o racismo. Precisamos ser agentes da mudança, investindo em campanhas de conscientização e punindo exemplarmente os políticos que insistem em cometer ilícios. A violência, intolerância e agressão são incompatíveis com a democracia", defendeu a desembargadora.

Em seu pronunciamento, ela também reafirmou o compromisso em contribuir para a maior participação feminina no pleito eleitoral, com pleno respeito à política de cotas de gênero.

A nomeação da jurista para o cargo foi publicada no Diário Oficial da União no dia 27 de dezembro de 2023, em decorrência da vaga deixada pelo também jurista Milton Gonçalves Ferreira Netto.

Acolhida

Como é tradição no tribunal, a nova integrante contou com o discurso de acolhida da colega de trabalho, a desembargadora eleitoral Silvana Lessa Omena. Falando em nome da corte, ela ressaltou a importância da presença de mais uma mulher.

"Os tribunais, atualmente, só contam com 20% de desembargadoras em seus quadros. Esse baixo percentual só reforça a preocupação do CNJ [Conselho Nacional de Justiça], que, desde 2018, vem promovendo uma campanha de incentivo para a participação institucional feminina no Poder Judiciário", destacou Silvana.

Fonte - Gazetaweb