Na última quarta-feira (13), o réu Aldo Gomes da Silva foi condenado a 21 anos de reclusão pelo homicídio qualificado do sobrinho. A vítima, identificada como Ramon da Silva Wanderley, foi assassinada a tiros em 2020 no município de Santana do Ipanema. A motivação do crime seria desentendimento pela partilha de terras de herança.

No cálculo da pena foram consideradas, em desfavor do réu, a motivação torpe e o recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além da consequência do delito, uma vez que a esposa e a filha da vítima, portadora de autismo, ficaram desamparadas financeiramente. Aldo da Silva, policial militar da reserva, deve cumprir a pena em regime inicial fechado.

O crime foi executado em ambiente público, num espetinho, motivo também considerado pelo magistrado, juiz Elielson Pereira, da 3ª Vara Criminal da comarca, como circunstância reprovável. “Contexto que pôs em risco, de forma concreta, os transeuntes, incluindo o dono do bar”, disse.

Crime

Segundo os autos, o acusado assassinou o sobrinho por meio de disparo de arma de fogo, em junho de 2020, no conjunto João Aquino, bairro Cohab.

Consta na denúncia que os envolvidos estariam nas dependências de um espetinho quando, após uma discussão, Aldo disparou contra Ramon. Em sua defesa, o réu afirmou que a vítima estava armada e passou a agredi-lo, e ao tentar se defender a arma disparou.

Testemunhas relataram que Aldo ameaçava o sobrinho constantemente, devido às questões de venda de terras de herança. O réu não aceitava o fato de Ramon comprar as partes da terra que pertenciam aos outros tios.

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