A Câmara dos Deputados autorizou a manutenção da prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido), apontado pela Polícia Federal como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A votação chegou ao fim na noite desta quarta-feira (10), com 279 votos a favor da prisão, 129 contra e 28 abstenções.
O cenário no Plenário era considerado indefinido. A bancada do governo na Câmara foi orientada a votar a favor da prisão. Já a do União Brasil recebeu a orientação de defender a soltura de Chiquinho Brazão, assim como integrantes do centrão e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles alegam que a decisão do Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal que determinou a prisão do parlamentar, violou a Constituição, uma vez que deputados só podem ser detidos em flagrante por crime inafiançável.
Durante a tarde, a Comissão de Constituição de Justiça já havia aprovado o parecer, encaminhando o caso para o plenário da Câmara. A decisão de Moraes levou à prisão de Chiquinho, seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio.