Ex-governador de Alagoas por dois mandatos, senador licenciado e ministro dos Transportes, Renan Filho lançou deu ordem de serviço nessa quinta-feira (17/10) para o início das obras do Arco Metropolitano de Maceió.


Com investimentos de mais de R$ 353 milhões na primeira etapa – a duplicação da BR-424, além da construção de três viadutos e duplicação de uma ponte – as obras prometem desafogar o trânsito no acesso a Maceió pela parte alta da cidade, além de criar uma alternativa de ligação entre a parte baixa e a parte alta pela BR 424. Outro objetivo é o escoamento da produção industrial.

Depois do ato, Renan Filho conversou, por telefone, com o blog do Edivaldo Junior. Ele explicou que espera entregar a maioria das obras do MT em Alagoas até o final do próximo ano. “Vamos dar celeridade para entregar o quanto antes. Temos várias obras em Alagoas e queremos concluir tudo antes do final de 2024, incluindo a duplicação da BR 101, ponte de Penedo e o Arco Metropolitano”, aponta.

Os investimentos do Ministério dos Transportes anunciados este ano passam de R$ 1 bilhão. “Estamos trabalhando com o governador Paulo Dantas, o senador Renan Calheiros e a bancada federal em Brasília para trazer mais recursos. Vamos assegurar obras importantes em outras áreas com o apoio do presidente Lula, a exemplo do canal do sertão”, aponta.

Na política, Renan Filho avalia que o resultado das eleições de 2024 em Alagoas foi melhor que o esperado para o MDB e, principalmente, para o grupo do governo. “Acho que a a gente está muito bem posicionado. Nosso grupo ficou muito forte e agora vamos ter uma arrumação para 2026”, aponta.

O grupo do governo Paulo Dantas, do qual faz parte, avalia Renan Filho, tende a enfrentar Arthur Lira e JHC, desde que eles consigam manter a aliança. Na avaliação do ministro, a sinalização do prefeito é uma eventual disputa pela vaga de Senado, seja para ele próprio ou para a mãe, Eudócia Caldas – que assumirá no lugar de Rodrigo Cunha (Pode) a partir de janeiro do próximo ano. Isso poderia criar um impasse com Lira, que também pretende disputar o Senado e prefere ver JHC disputando o governo.

Independente da posição do grupo adversário, Renan Filho avalia que a tendência do grupo do governo é de ampliação política. “Elegemos somente pelo MDB 65 dos 102 prefeitos, além disso tem muitos prefeitos do PP que querem e que vão estar conosco em 2026”, afirma.

“Estamos bem posicionados, fortalecidos e com a sinalização de que poderemos ampliar, não só pela capacidade de articulação do governador Paulo Dantas e do senador Renan Calheiros em Alagoas, mas também pela parceria com o governo federal”, avalia o ministro.

Apontado como principal nome do grupo para disputar a sucessão de Paulo Dantas, Renan Filho avalia que não é o momento para definição de candidatura: “já disse que sou um político de grupo. Qualquer decisão será tomada pelo grupo no momento certo, um pouco mais adiante, mas sempre com foco no projeto de manter Alagoas avançando cada vez mais. O Paulo Dantas tem feito um grande governo, tem mantido o crescimento do Estado acima da média nacional e não vamos permitir que Alagoas dê um passo para trás”, pontua.